segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Homeopatia Veterinária outra forma de curar

  
“Existem doentes  e não doenças” , dizia Hipocrates, Pai da Medicina (460 a 350 AC) e afirmava que existiam duas formas de curar: a cura pelos contrários(Crontraria Contrariis Curentur) e a cura pelos iguais (Similia Similibus curentur).
Da cura pelos contrários surgiu a alopatia do grego allos = contrario e phatia = doença, o tratamento das enfermidades tratadas com medicamentos contrários a ela, a dor , por exemplo,tratada com sedativos, a inflamação com antiinflamatório, a diarréia antidiarreico, tentando combater a doença. 
Da cura pelos iguais surgiu a homeopatia – palavra de origem grega: hómóios = semelhante e pathos = doença, significa doença ou sofrimento semelhante, ou seja, empregar na doença que se deseja curar o medicamento que é capaz de produzir uma doença artificial muito semelhante à doença natural.
A homeopatia foi concebida em 1796 pelo medico alemão Samuel Hahanenann, que não aceitava a medicina drástica da época, que usava como técnicas terapêuticas as sangrias, sanguessugas e administração de vomitivos, purgativos, suadores e outras técnicas que debilitavam ainda mais o paciente. Usavam o mesmo método de tratamento para todos os pacientes. Era a época das grandes epidemias que assolavam a Europa e a população tinha pouco expectativa de vida.
Hahnemann ficou 14 anos afastado da medicina, optando ganhar a vida com traduções de livros médicos. Quando traduzia a matéria médica que citava os efeitos terapêuticos da China officinalis ou quinina (casca de uma arvore nativa da região dos Andes, usada pelos índios da América do Sul, para tratar a malária ou febre intermitente), percebeu a semelhança entre os sintomas da doença a malaria e o sintomas da intoxicação pela China; então resolveu tomar, triturou e tomou o pó da casca da arvore, comprovando que os sintomas da intoxicação eram  os mesmos da doença.
Concluiu então que a quina era utilizada no tratamento da malaria porque possuía efeitos semelhantes em pessoas saudáveis. Animado com os resultados experimentou beladona, digitalis, mercúrio e outros medicamentos extraídos, dos três reinos da natureza: animal, vegetal e mineral. Iniciou a Experimentação, usando medicamentos em matéria ou substância bruta e percebeu que alguns pacientes desenvolviam quadros de intoxicação; então começou a fazer diluições e acima da CH 12 (Centesimal de Hahnemann) não tinha mais matéria e os experimentadores desenvolviam sinais e sintomas em outros níveis alem do material, os sentimentos, as emoções, as sensações e sonhos.
A Homeopatia vê o homem como uma unidade indivisível, formado de corpo, alma e princípio vital (tipo sutil de energia comum a todos os seres vivos, regula dinamicamente as sensações e funções do corpo e mantém suas partes em harmonia), ou seja, uma parte material visível e imaterial invisível.
A enfermidade é o desequilíbrio da energia vital que se manifesta por sinais e sintomas.  As lesões que se localizam em um órgão ou tecido, não são a enfermidade, mas efeitos da enfermidade. A enfermidade é entendida como uma manifestação da energia vital na tentativa de equilibrar-se através de febre, vômitos, diarréia, prurido, inquietude, etc.
O Veterinário Homeopata procura no seu paciente uma unidade, uma individualidade; busca encontrar correspondência em um medicamento que teve origem nos reinos da natureza, que diluído e dinamizado de acordo com a técnica farmacológica homeopática, libera a energia terapêutica, que estava latente na substancia bruta, passando a agir na energia vital do paciente através da similitude e levando a cura.  
 A Homeopatia possibilita ao Veterinário avaliar o paciente como um todo perceber onde está o desequilíbrio e porque ocorreu, uma visão eco-sistêmica, em rede, onde tudo está interligado e inter relacionado.
Não existe separação: compreendendo que tudo é uma rede de trocas com o meio onde vive e se relaciona, podemos melhorar a qualidade de vida de todas as espécies animais.
Os animais de companhia, por exemplo, que têm que se adaptar a viver em apartamento, dentro de um quadrado, sem acesso à natureza: se não podemos mudar essa realidade, podemos orientar o seu responsável a fazer passeios diários, brincar quando chegam a casa, e se possível, encontrar uma companhia, que nem precisa ser da mesma espécie.
Tobias é um cão srd, que vive em apartamento e ficava de 12 a 15 horas sozinho. Estava sem pelos nas patas dianteiras e traseiras, diagnosticada como dermatite atópica e lambia entre os dedos que ficavam em carne viva; mostrando pela simbologia da pele, que o que estava faltando para ele era o contato com o outro ser. Após tratamento homeopático, Tobias esta com pelo nas patas não agride seus dedos e convive com Chico  um gatinho adotado que se tornaram grandes companheiros.
Dra.Vânia Noureley Ayres da Silveira - Homeopatia e Acupuntura Veterinária 



Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura Veterinária


Perguntaram-me, porque é importante para o veterinário, estudar esta ciência tão antiga, e cada dia mais presente e necessária, sendo procurada pelos pacientes que não conseguiram o alivio que precisavam na medicina tradicional ocidental. Refletindo sobre isto, cheguei a conclusão:
É uma medicina, baseada fundamentalmente na observação de vários sinais e sintomas,mostrando o momento evolutivo da enfermidade de um paciente, por  qualquer forma de  tratamento utilizado. É também uma medicina preventiva, quando sabemos ler e ver esses sinais e sintomas em nossos pacientes, antes que a enfermidade se manifeste no plano funcional ou lesional ou seja está ainda no plano energético. Sou pediatra de primeira infância, onde a maioria de meus pacientes não pode falar o que sentem, mas com o choro, o isolamento, a falta de apetite ou a modificação nas evacuações etc.etc., são para mim de grande utilidade para entendê-los e saber o que esta  fazendo os sofrer. Penso que o mesmo acontece com os Veterinários, que tem essa mesma problemática com seus pacientes, que não falam das suas sensações, a forma da dor e como se irradia, dos sentimentos que os perturbam em relação a seu parceiro ou membros de sua família. Tem que se desenvolver a qualidade da observação do comportamento, dos sinais individuais e as características desses sinais que estão expressando muitas vezes com clareza a origem  do dinamismo vital alterado.  
Por outro lado, este pensamento, nos dá uma idéia unificadora e integradora do universo, e cada um dos seres que nele habita, de uma maneira simples podemos compreender as leis da natureza, a nós mesmos e o que precisam nossos pacientes nesse caminho da cura; é aplicada em muitos aspectos da vida. Além disso, nos ensina como intervir no campo energético de nossos pacientes, e ao fazê-lo estamos interagindo com o universo que se movimenta e desenvolve a nossa vida e a de nossos paciente e conseguimos isso com técnicas simples, manuais usando: agulhas, moxa ou fitoterápicos.     
E por ultimo, o que não é nada depreciativo, que a ação da acupuntura corretamente aplicada, seguindo as bases do pensamento filosófico ancestral chinês, e não fazendo somente como reflexoterapia; é de ação rápida, efetiva, de baixo custo e sem efeitos colaterais.
                    Dr. Raul Facal    Médico Homeopata e Acupunturista 
                                              Professor da Associacion Medica Argentina de Acupuntura
                                              Professor da Vetholos